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Escândalo no Porto do Lobito: greve expõe «má gestão» da Administração

Um grupo de trabalhadores afectos à empresa ALT-AGL, no Porto do Lobito, anunciou uma manifestação para o próximo dia 17, em protesto contra alegadas más condições laborais e promessas não cumpridas pelo presidente do conselho de administração, Celso Rosa.

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Há 20 horas
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Numa carta dirigida à direcção da empresa, a comissão sindical afirma que os funcionários se sentem enganados, acusando o PCA de ter garantido melhorias salariais, prémios de desempenho e condições dignas de trabalho aquando da transição da gestão do Porto de Lobito para a nova concessionária.

Segundo os trabalhadores, essas garantias nunca chegaram a concretizar-se. Em vez disso, relatam uma realidade marcada por salários baixos, ausência de incentivos e falta de diálogo com a administração, que se recusa a reunir com os colaboradores em assembleia.

O descontentamento agravou-se com a informação de que funcionários recentemente contratados pela ALT-AGL estarão a receber salários superiores a dois milhões de kwanzas, enquanto os trabalhadores antigos, com maior tempo de serviço, continuam a auferir remunerações que consideram “miseráveis”.

As denúncias incluem ainda situações de carência económica extrema entre os quadros da empresa, com alegações de que pelo menos dez trabalhadores terão morrido nos últimos tempos por não conseguirem suportar os custos com cuidados médicos, consequência directa, dizem, da precariedade salarial.

A manifestação, prevista para ocorrer junto à administração do Porto do Lobito, pretende exigir o cumprimento dos compromissos assumidos e pressionar por melhorias nas condições laborais e salariais.

Até ao momento, nem a ALT-AGL nem o presidente do conselho de administração se pronunciaram publicamente sobre as acusações.