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CITIC investe 250 milhões de dólares na produção agrícola em Angola com foco no milho e soja

A multinacional chinesa CITIC Construction vai investir 250 milhões de dólares na implementação de projectos agrícolas em larga escala em Angola, com destaque para o cultivo de milho e soja. O anúncio foi feito esta segunda-feira, em Luanda, no âmbito da assinatura de um memorando de entendimento entre a empresa e o Ministério da Agricultura e Florestas.

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O acordo, assinado pelo director-geral da CITIC Construction (Angola), Fan Juntao, e pelo ministro da tutela, Isaac dos Anjos, prevê a instalação de unidades de produção modernas, bem como a criação de uma cadeia de valor agrícola estruturada, que inclui laboratórios de melhoramento genético, inspecção fitossanitária, centros de armazenamento inteligente e canais de exportação.

O projecto, que será executado por fases, contempla inicialmente o cultivo de 3.000 hectares no Cuanza Sul e 5.000 em Malanje, com o objectivo de atingir 20 mil hectares nos próximos anos e, a longo prazo, chegar a 100 mil. O investimento é inteiramente financiado por capitais chineses, liderados pela CITIC.

Segundo Fan Juntao, a prioridade recai sobre o milho, considerado estratégico para o mercado nacional. A soja, cuja produção será intensificada numa fase posterior, destina-se sobretudo à exportação para o mercado chinês. Estima-se uma produtividade inicial de até oito toneladas de milho e cinco toneladas de soja por hectare.

Para o ministro da Agricultura, trata-se de um acordo “histórico”, que poderá abrir novos mercados para os produtos agrícolas angolanos, particularmente na Ásia. Isaac dos Anjos salientou ainda que 60% da produção de soja será orientada para exportação e 40% para consumo interno, contribuindo para o reforço da cadeia alimentar e o desenvolvimento da produção pecuária.

O governante garantiu, por parte do Executivo, apoio ao nível da concessão de terras, do enquadramento fitossanitário e da definição de protocolos para facilitar a instalação de investidores. “É uma oportunidade que não podemos perder de vista. Angola tem terra e está aberta ao investimento estrangeiro”, afirmou.

Na mesma ocasião, o ministro anunciou a celebração, ainda esta semana, de um novo acordo com outra empresa chinesa, reafirmando a disposição do país em diversificar parcerias e atrair investimentos internacionais para o sector agrícola.