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Novo aeroporto de Luanda volta a falhar prazo para voos internacionais

Expectativa adiada mais uma vez: passageiros e companhias terão de esperar mais um ano pela grande mudança

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Há 1 semana
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O tão aguardado arranque dos voos internacionais de passageiros a partir do novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, nos arredores de Luanda, sofreu mais um revés. O Governo decidiu adiar a transferência definitiva para 30 de Setembro de 2025, empurrando para o próximo ano a transição prometida há meses.

A decisão, oficializada através do Decreto Executivo n.º 06/2025, de 27 de Maio, foi anunciada esta terça-feira pelo Ministério dos Transportes, que justifica o adiamento com a necessidade de “responder com responsabilidade institucional à conjuntura operacional e social”.

Segundo o comunicado oficial, a nova data tem como propósito assegurar uma transição “coordenada, segura e em linha com os padrões internacionais”, garantindo maior previsibilidade para os passageiros e companhias aéreas.

As transportadoras têm agora 15 dias úteis para notificar o operador aeroportuário sobre a data exacta da sua mudança para o novo terminal, sendo obrigadas, até lá, a contratar prestadores de serviços devidamente certificados.

O Ministério dos Transportes garante que o adiamento visa proteger os interesses de todos os intervenientes no processo passageiros, operadores e entidades públicas e privadas — assegurando uma preparação mais sólida e sem margem para falhas.

Inaugurado com pompa a 10 de Novembro de 2023, véspera do 48.º aniversário da independência de Angola, o novo aeroporto internacional localizado no Bom Jesus, a cerca de 40 quilómetros da capital começou a operar com voos de carga. Os voos domésticos estavam previstos para Fevereiro de 2024, mas o primeiro voo comercial só descolou em Novembro do mesmo ano, rumo a Cabinda.

O início dos voos internacionais, inicialmente marcado para Junho de 2024, foi sendo sucessivamente adiado. Este novo calendário empurra ainda mais para a frente a entrada plena em funcionamento da infraestrutura que se pretende emblemática para o futuro da aviação em Angola.

Apesar das expectativas criadas e da grandiosidade do projecto, a transferência total continua a derrapar, alimentando críticas e dúvidas sobre o grau de prontidão do AIAAN — uma obra ambiciosa que, por enquanto, ainda não descolou totalmente.