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Estudantes e jornalistas detidos: ONG pede acção dura contra agentes da polícia

A actuação da Polícia Nacional de Angola durante a marcha estudantil de Sábado continua a gerar forte indignação. Desta vez, a ONG Pro Bono Angola exige justiça e responsabilização pelas detenções e agressões a manifestantes e jornalistas que cobriam o protesto, considerado legítimo e pacífico.

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Em comunicado dirigido ao Comandante-Geral da Polícia, a organização acusa os agentes de “actuação abusiva e desproporcional”, violando a Constituição e os direitos fundamentais consagrados no Estado democrático de direito.

“A conduta da polícia foi tudo menos republicana”, denuncia Bartolomeu Milton, presidente da ONG, exigindo medidas enérgicas por parte do Ministério do Interior.

Os estudantes marchavam em Luanda por melhores condições no ensino público, pedindo carteiras, professores e material didáctico. Mas em vez de respostas, receberam gás lacrimogéneo e algemas. Três jornalistas também foram detidos, situação que mereceu críticas do Sindicato dos Jornalistas e de organismos internacionais.

A Pro Bono Angola lembra que o direito à manifestação não depende de autorização, alertando que o país não pode regredir em matéria de liberdades civis. E pede que os agentes envolvidos sejam responsabilizados para “repor a legalidade” e resgatar a credibilidade das forças de ordem.