Cuanza Norte: Camponesas invadem Administração do Cazengo em protesto contra subida abusiva dos transportes
Um grupo expressivo de camponesas do município do Cazengo, província do Cuanza Norte, protagonizou uma manifestação ruidosa defronte à Administração Municipal, exigindo com veemência soluções urgentes para os graves problemas de transporte que afectam a sua mobilidade e sustentação diária.

Registro autoral da fotografia
O protesto, que se desencadeou de forma espontânea, foi motivado pela subida abrupta do preço das corridas nas motorizadas de três rodas, vulgarmente conhecidas por “kupapatas”, que operam entre o bairro do Queta e a sede municipal. O valor, que até há pouco tempo era de 200 kwanzas, disparou para 500 kwanzas, um aumento que os populares consideram abusivo e insustentável.
As manifestantes, na sua maioria mulheres camponesas, mostraram-se revoltadas com o que dizem ser um esquecimento total por parte das autoridades locais, e denunciaram ainda a proibição recente que impede as motorizadas de transportar mais de cinco passageiros por viagem, o que reduziu a oferta e agravou os custos.
“Viemos aqui saber se essa ordem partiu mesmo do governador. Estamos a sofrer! Somos camponesas, vivemos do campo e não temos como pagar esses preços”, bradou Júlia Domingos, uma das líderes da manifestação.
Segundo relataram, os autocarros de transporte público deixaram de circular na zona, alegadamente por estarem impedidos de operar nas rotas mais procuradas. Resultado: o monopólio dos transportes ficou entregue às kupapatas, que, sem controlo, praticam preços exorbitantes, chegando a cobrar até 1000 kwanzas por troços mais longos.
“A subida é insuportável. Primeiro foi para 200, depois 300 e agora 400 kwanzas! Como vamos conseguir? Queremos o administrador aqui para dar a cara”, desabafou Isabel António, visivelmente indignada.
Outro ponto que gerou grande revolta entre os populares foi a ordem que restringe os mototaxistas ao transporte de mercadorias, deixando centenas de famílias sem qualquer alternativa para se deslocar até às zonas de venda e escoamento dos seus produtos agrícolas.
As camponesas exigem a reposição urgente das rotas de autocarros públicos com preços acessíveis, e alertam que, caso não sejam ouvidas, poderão radicalizar os protestos.
“A fome está a bater à porta, não vamos parar até termos resposta”, garantem as manifestantes, que prometeram regressar em maior número nos próximos dias.
A Administração Municipal do Cazengo ainda não se pronunciou oficialmente sobre o protesto. Entretanto, cresce o apelo à intervenção do Governo Provincial para evitar o colapso da mobilidade rural e a degradação das condições de vida no interior da província.
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