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UNITA em pé de guerra: Congresso marcado para Novembro e líder alvo de ataques “orquestrados”

UNITA anuncia Congresso em Novembro e denuncia “campanha sistemática” contra Adalberto Costa Júnior

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Há 3 semanas
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A UNITA vai a votos internos em Novembro. O maior partido da oposição angolana confirmou este fim-de-semana que o seu XIV Congresso Ordinário terá lugar na segunda quinzena desse mês, numa altura marcada por fortes críticas ao que classifica como “ataques persistentes e orquestrados” contra o seu presidente, Adalberto Costa Júnior.

O anúncio foi feito após uma reunião da Comissão Política realizada em Luanda, onde os dirigentes da UNITA lançaram um alerta sobre a alegada tentativa de descredibilização do seu líder, através de insinuações sobre golpes de Estado e do seu sistemático afastamento dos meios de comunicação públicos.

Apesar do clima de tensão, o partido elogiou o recente encontro entre Adalberto Costa Júnior e o Presidente da República, João Lourenço, e encorajou o seu presidente a manter o caminho do diálogo institucional. “É preciso continuar a construir pontes”, apelou a UNITA.

A reunião da Comissão Política decorreu sob o lema “Para a Alternância do Poder: Disciplina, Lealdade e Coesão” e teve como pano de fundo um cenário nacional que o partido considera alarmante. O comunicado final denuncia o agravamento da crise económica, a escalada da inflação, o aumento do custo de vida e o desemprego massivo que afecta a maioria da população.

A UNITA vai mais longe e aponta o dedo ao poder executivo, acusando-o de interferência directa no funcionamento do poder judicial, de bloquear a participação da sociedade civil em processos legislativos e de travar qualquer iniciativa que vise garantir maior transparência eleitoral.

No campo social, o partido expressou solidariedade com as famílias afectadas pela epidemia de cólera, que continua a alastrar-se por várias províncias, e pediu medidas urgentes para travar a propagação da doença. Manifestou ainda pesar pelas vítimas do incêndio ocorrido na plataforma petrolífera BBLT, ao largo de Cabinda, operada pela subsidiária da Chevron.