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Cuanza Norte aposta na formação e segurança alimentar com novo centro de processamento de pescado

O Centro de Formação e Processamento de Pescado do Ngolome, no município de Massangano, província do Cuanza Norte, vai ser reconstruído e modernizado, após ter sido destruído por um incêndio em 2023. A primeira pedra do projecto foi lançada esta segunda-feira, numa cerimónia presidida pela ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Carmen dos Santos.

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Com um prazo de execução de 24 meses, a empreitada está a cargo da construtora chinesa Lei Jun-Ca e prevê a reabilitação, ampliação e apetrechamento de toda a infra-estrutura. O objectivo, segundo a tutela, é criar um centro multifuncional que responda simultaneamente às necessidades de formação técnico-profissional, processamento de pescado e valorização ambiental.

“O centro será uma resposta integrada aos desafios da capacitação da juventude, da transformação alimentar e da sustentabilidade ambiental”, afirmou Carmen dos Santos, sublinhando o impacto directo do projecto na economia e no bem-estar das comunidades locais. A ministra anunciou ainda a construção de um cais de embarque junto à lagoa, para reforçar a logística e facilitar o escoamento da produção.

O governador provincial, João Diogo Gaspar, destacou o potencial transformador da obra, referindo que o novo centro será o maior do país em termos de capacidade tecnológica. “É um espaço estratégico para a formação de jovens e uma âncora para o desenvolvimento económico local e nacional. Responde aos imperativos da diversificação da economia e ao combate ao desemprego jovem”, afirmou.

O futuro centro ocupará uma área de 5.170 metros quadrados nas margens do rio Ngolome e contará com edifícios de formação e processamento, área comercial externa, posto médico, cais pesqueiro e outras estruturas complementares. De acordo com a Angop, terá capacidade para acolher 90 formandos por ciclo e processar até três toneladas de pescado, com recurso a tecnologias modernas.

O projecto enquadra-se na estratégia nacional de reforço da segurança alimentar e de valorização das cadeias produtivas ligadas aos recursos marinhos. No final da cerimónia, a ministra distribuiu géneros alimentares à comunidade local, como gesto de solidariedade institucional. A visita incluiu ainda uma deslocação à lagoa de Ngolome, considerada uma reserva natural com potencial piscatório relevante.