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Angola acolhe encontro parlamentar da lusofonia em 2026

Angola será o país anfitrião da 15.ª Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (AP-CPLP), agendada para 2026. A decisão foi formalizada esta Terça-feira, 15 de Julho, durante o encerramento da 14.ª sessão do órgão, que decorreu em Maputo, Moçambique.

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O anúncio integra o comunicado final da reunião, que congregou mais de uma centena de delegados e líderes parlamentares dos nove Estados-membros da organização, incluindo os presidentes das respectivas assembleias legislativas. Entre os principais temas debatidos estiveram a efectivação do Acordo de Mobilidade no espaço da CPLP, a estabilidade política e a necessidade de maior concertação institucional no seio da comunidade.

Durante a sessão, Moçambique assumiu a presidência rotativa da AP-CPLP, substituindo a Guiné Equatorial. No discurso de posse, a presidente da Assembleia da República de Moçambique, Margarida Talapa, reafirmou o compromisso com a promoção da paz, inclusão e fortalecimento democrático na lusofonia.

“Trata-se de uma jornada colectiva em que cada Estado deve assumir o seu papel na construção de uma comunidade mais coesa, unida e centrada na cooperação efectiva”, declarou Talapa. Entre as prioridades do seu mandato, destacam-se o acompanhamento da implementação do Acordo de Mobilidade, o reforço da igualdade de género, a harmonização de políticas fiscais e alfandegárias, e a promoção da língua e cultura portuguesas.

O evento de 2024, inicialmente previsto para a Guiné Equatorial, acabou por ser transferido para Maputo devido a constrangimentos logísticos do país anteriormente designado.

Criada em 1996, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa é composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. A Assembleia Parlamentar é o órgão representativo dos poderes legislativos dos Estados-membros e funciona como plataforma de diálogo político e diplomático no espaço lusófono.

A próxima edição, a realizar-se em território angolano, deverá reforçar os compromissos assumidos em Maputo e aprofundar o debate sobre os desafios comuns aos países de língua portuguesa, num contexto marcado por incertezas geopolíticas e exigências crescentes em matéria de governação e desenvolvimento sustentável.