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Bruxelas no centro das atenções: UE e União Africana em cimeira crucial sobre segurança e migrações

Em plena turbulência geopolítica, Europa e África sentam-se à mesma mesa esta quarta-feira, na capital belga, para uma reunião de alto nível que promete redefinir estratégias comuns em matéria de segurança, migrações e cooperação multilateral.

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A cimeira ministerial, que reúne os chefes da diplomacia da União Europeia (UE) e da União Africana (UA), marca o sexto encontro desde 2022 e assume especial importância num momento em que as tensões globais impõem novas prioridades nas relações intercontinentais.

Em destaque estarão temas de peso como “paz e segurança”, migração, mobilidade populacional e prosperidade partilhada, conforme avançou o Conselho da UE.

O encontro será liderado por Kaja Kallas, alta-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, e pelo ministro angolano Tete António, actual presidente do Conselho Executivo da União Africana, numa aliança diplomática que reforça o protagonismo crescente de Angola nas dinâmicas continentais e globais.

“África é, hoje, uma prioridade geopolítica para a Europa”, assumiu abertamente a UE, num comunicado que antecedeu o encontro.

A cimeira decorre num clima de urgência e expectativa, não só pela complexidade dos desafios enfrentados, mas também pela ambição declarada de reforçar a parceria estratégica entre os dois blocos, tornando-a mais equilibrada e eficaz.

A UE lembrou que é actualmente o maior parceiro de apoio financeiro e político para os países africanos, tendo canalizado avultados investimentos nos últimos anos para impulsionar o desenvolvimento económico, a estabilidade institucional e a resposta a crises humanitárias.

“Unidos, Europa e África podem tornar-se uma força imparável no cenário internacional”, destacou Bruxelas, sublinhando a importância de acções conjuntas em tempos de incerteza global.

A reunião deverá resultar em novos compromissos, tanto no reforço da segurança regional como na definição de políticas migratórias mais sustentáveis e humanas, num quadro de cooperação que pretende ir além das palavras e gerar impactos concretos para milhões de pessoas dos dois continentes.