UNITA pressiona Governo para negociações de paz em Cabinda
A UNITA anunciou que vai apresentar na Assembleia Nacional um projecto de resolução para exigir o “fim imediato e incondicional” das hostilidades militares em Cabinda e o início urgente das negociações de paz entre o Governo e os movimentos independentistas.

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O partido, que concluiu as suas 12.ª Jornadas Parlamentares na província entre 26 e 30 de Março, afirma que a sociedade civil local e os movimentos reivindicativos exigem um diálogo inclusivo para solucionar o conflito histórico e político de Cabinda.
No documento divulgado esta Segunda-feira, a UNITA sustenta que a região enfrenta uma “guerra atroz” e um “clima de medo e perseguição” contra activistas cívicos e opositores políticos, comprometendo a estabilidade nacional. “Não se pode falar de paz efectiva em Angola enquanto uma parte do território vive em conflito”, alerta o partido.
A resolução apela também ao “início imediato” das negociações entre o Governo e os movimentos independentistas, particularmente a Frente de Libertação do Enclave de Cabinda – Forças Armadas de Cabinda (FLEC-FAC), liderada por Emanuel Nzita e Alexandre Tati.
Cabinda: Riqueza de recursos, pobreza extrema
A UNITA denuncia que, apesar da riqueza petrolífera de Cabinda, a população continua marginalizada e a enfrentar graves dificuldades económicas. “O dinheiro e a riqueza produzidos em Cabinda não beneficiam a grande maioria do povo angolano, muito menos a população local”, critica o partido.
O comunicado descreve a província como “o rosto da pobreza, da má governação central, das extremas desigualdades sociais e da miséria”. A UNITA considera que o Estatuto Especial de Cabinda é um “logro”, por não garantir aos cidadãos o direito de eleger os seus governantes nem de participar activamente na tomada de decisões.
Propostas para mudar o cenário
O partido vai ainda submeter à Assembleia Nacional um projecto de lei para a criação de uma autarquia supramunicipal em Cabinda, visando garantir maior autonomia e participação popular na gestão da província.
A UNITA denuncia que a população local é “maltratada por estrangeiros sob o olhar impávido das autoridades” e que os sobas sobrevivem com “subsídios de indigência entre 12.000 e 25.000 kwanzas”. Acrescenta ainda que a juventude “está desempregada”, os transportes são “praticamente inexistentes”, e que “os estudantes e trabalhadores fazem longas caminhadas a pé” devido à falta de condições básicas.
No seu comunicado, a UNITA apela ao Governo para que priorize o diálogo e a resolução pacífica do conflito, garantindo que Cabinda deixe de ser um território marcado pelo medo e pela exclusão social.
C/Lusa
PONTUAL, fonte credível de informação.
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