Sindicato dos médicos critica encerramento de cursos de medicina
O presidente do Sindicato Nacional dos Médicos Angolanos, Adriano Manuel, crticou o encerramento de cursos de medicina, defendendo acções para garantir a sua qualidade.

Registro autoral da fotografia
Depois de uma avaliação externa dos 115 cursos de Ciências da Saúde ministrados em 49 universidades, o Instituto Nacional de Avaliação, Acreditação e Reconhecimento de Estudos do Ensino Superior deixou de fora 60 cursos, essencialmente pela falta de um bom desempenho qualitativo e quantitativo.
Adriano Manuel defendeu que os cursos devem continuar enquanto se melhoram as condições das instituições, durante um encontro promovido pelo Movimento de Estudantes Angolanos (MEA) sobre “A Problemática do Encerramento dos Cursos de Medicina e Ciências da Saúde nas Universidades Angolanas”.
“Não podíamos resolver o problema de outra forma, continuar a formar, enquanto se melhoram as condições? É ou não possível? Porquê encerrar faculdades de medicina?”, questionou.
O sindicalista referiu que o Governo decidiu unilateralmente encerrar os cursos, frisando que docentes da Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto, instituição pública, não estão de acordo com esta medida.
“Muitos deles não estão contentes com o encerramento da faculdade, vão ganhar dinheiro durante dois anos sem trabalhar”, disse o presidente do Sindicato Nacional dos Médicos Angolanos, referindo-se ao prazo de dois anos para as instituições apresentarem melhorias.
Adriano Manuel reiterou que se houvesse “vontade política” a qualidade dos cursos podia ser melhorada sem o encerramento das instituições, propondo que hospitais recentemente inaugurados em Luanda sirvam temporariamente para a formação de quadros.
Segundo Adriano Manuel, nestes hospitais podiam temporariamente ser construídas estruturas prefabricadas para servir de salas de aulas para os alunos do ciclo de base e o mesmo seria feito em outras províncias.
O médico pediatra referiu que o país tem docentes, muitos deles licenciandos com recursos públicos, com formações que permitem o exercício da docência, mas encontram-se a exercer em clínicas privadas.
Já o médico angolano Jeremias Agostinho classificou de necessária, principalmente em instituições do ensino superior privadas, a avaliação do Governo, que levou ao encerramento dos 60 cursos de saúde por falta de qualidade.
O docente universitário argumentou que são várias as debilidades organizativas, principalmente em instituições privadas, citando a falta de laboratórios, problemas de estágios e a qualidade dos quadros.
Jeremias Agostinho adiantou que há mais de dois anos o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação produziu um guião de avaliação interna, tendo algumas convidado parceiros internacionais para o efeito, mas outras não, lamentando o factor corrupção.
“Quando é que iríamos começar com o processo de avaliação rigorosa”, questionou este docente universitário, lamentando a actual “banalização” do ensino superior e concordando que “em algum momento teria que haver consequência”.
“Até quando é que nós vamos deixar passar essas deficiências principalmente nas instituições privadas?”, interrogou, admitindo que esta medida “vai trazer danos, mas foi necessária”.
Quanto às instituições públicas, Jeremias Agostinho disse que o próprio ministério era o responsável por reforçar os meios, mas não o fez.
VA
PONTUAL, fonte credível de informação.
Notícias que você também pode gostar
A actuação da Polícia Nacional de Angola durante a marcha estudantil de Sábado continua a gerar forte indignação. Desta vez, a ONG Pro Bono Angola exige justiça e responsabilização pelas detenções e agressões a manifestantes e jornalistas que cobriam o protesto, considerado legítimo e pacífico.
Há 18 horas
Angola poderá enfrentar um período turbulento nas suas finanças públicas, com sérias dificuldades de acesso a financiamento externo no curto prazo. O alerta é do Fundo Monetário Internacional (FMI), que, ao apresentar o relatório económico sobre a África subsaariana, apontou o país como um dos mais vulneráveis às actuais mudanças no apetite de risco dos mercados globais.
Há 18 horas
O Banco de Comércio e Indústria (BCI) está no centro de uma «tempestade» regulatória após ter sido sancionado pelo Banco Nacional de Angola (BNA) com uma multa pecuniária devido a “falhas sérias” no cumprimento de procedimentos legais exigidos para o combate ao branqueamento de capitais, financiamento ao terrorismo e proliferação de armas.
Há 22 horas
A Elsewedy Electric, um dos maiores grupos industriais do Egipto, anunciou a intensificação dos seus investimentos em Angola, com destaque para os sectores da energia e construção. O valor aplicado já ultrapassa um bilião de dólares, segundo revelou o director regional da empresa, Ahmed Amin, no âmbito da visita oficial do Presidente João Lourenço ao Egipto.
Há 23 horas
Um cidadão brasileiro de 21 anos foi detido pelas autoridades angolanas no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, por suspeita de tráfico internacional de droga.
Há 23 horas
A companhia aérea nacional TAAG anunciou a retoma dos voos entre Luanda e Lisboa, após a reposição da energia eléctrica no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, que causou o cancelamento de vários voos.
Há 1 dia
O Banco Sol prepara-se para enfrentar uma das mais profundas transformações da sua história. A instituição financeira vai cortar até 30% do seu quadro de pessoal e abrir as portas à entrada exclusiva de capitais privados, numa tentativa arrojada de evitar o colapso e regressar à rota da estabilidade, após anos de fragilidade financeira.
Há 1 dia
O Tribunal da Comarca de Luanda absolveu esta Segunda-feira os oito estudantes detidos no Sábado durante uma marcha pela melhoria da qualidade de ensino, devido a “falta de provas” do crime de que eram acusados, disse um responsável estudantil.
Há 1 dia
A actuação da Polícia Nacional de Angola durante a marcha estudantil de Sábado continua a gerar forte indignação. Desta vez, a ONG Pro Bono Angola exige justiça e responsabilização pelas detenções e agressões a manifestantes e jornalistas que cobriam o protesto, considerado legítimo e pacífico.
Há 18 horas
Angola poderá enfrentar um período turbulento nas suas finanças públicas, com sérias dificuldades de acesso a financiamento externo no curto prazo. O alerta é do Fundo Monetário Internacional (FMI), que, ao apresentar o relatório económico sobre a África subsaariana, apontou o país como um dos mais vulneráveis às actuais mudanças no apetite de risco dos mercados globais.
Há 18 horas
O Banco de Comércio e Indústria (BCI) está no centro de uma «tempestade» regulatória após ter sido sancionado pelo Banco Nacional de Angola (BNA) com uma multa pecuniária devido a “falhas sérias” no cumprimento de procedimentos legais exigidos para o combate ao branqueamento de capitais, financiamento ao terrorismo e proliferação de armas.
Há 22 horas
A Elsewedy Electric, um dos maiores grupos industriais do Egipto, anunciou a intensificação dos seus investimentos em Angola, com destaque para os sectores da energia e construção. O valor aplicado já ultrapassa um bilião de dólares, segundo revelou o director regional da empresa, Ahmed Amin, no âmbito da visita oficial do Presidente João Lourenço ao Egipto.
Há 23 horas
Um cidadão brasileiro de 21 anos foi detido pelas autoridades angolanas no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, por suspeita de tráfico internacional de droga.
Há 23 horas
A companhia aérea nacional TAAG anunciou a retoma dos voos entre Luanda e Lisboa, após a reposição da energia eléctrica no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, que causou o cancelamento de vários voos.
Há 1 dia
O Banco Sol prepara-se para enfrentar uma das mais profundas transformações da sua história. A instituição financeira vai cortar até 30% do seu quadro de pessoal e abrir as portas à entrada exclusiva de capitais privados, numa tentativa arrojada de evitar o colapso e regressar à rota da estabilidade, após anos de fragilidade financeira.
Há 1 dia
O Tribunal da Comarca de Luanda absolveu esta Segunda-feira os oito estudantes detidos no Sábado durante uma marcha pela melhoria da qualidade de ensino, devido a “falta de provas” do crime de que eram acusados, disse um responsável estudantil.
Há 1 dia