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Rapper brasileiro Oruam alvo de mandado de prisão preventiva por múltiplos crimes

A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva do rapper Mauro Davi Nepomuceno, mais conhecido como Oruam, que enfrenta pelo menos sete acusações criminais, incluindo tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência à autoridade, desacato, dano ao património, ameaça e lesão corporal.

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O mandado foi emitido na manhã desta terça-feira, 22, na sequência de uma operação conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), realizada na residência do artista, localizada no bairro do Joá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Oruam é suspeito de ter acolhido em casa um menor com mandado de busca e apreensão em aberto, o que levou as autoridades a agirem.

Durante a acção policial, segundo a versão das autoridades, o rapper e oito indivíduos tentaram impedir o cumprimento do mandado, atirando pedras contra os agentes e ferindo um dos operacionais.

Em resposta, Oruam acusa a polícia de abuso de poder e uso desproporcional da força. Em declarações à imprensa brasileira, o artista afirma que a sua casa foi invadida sem qualquer mandado judicial, por agentes não identificados e sem uniforme, numa operação que descreveu como “abrupta e agressiva”.

“Mais de vinte viaturas cercaram a minha casa por volta da meia-noite. Reviraram tudo, rasgaram roupas minhas e da minha noiva, e nem sequer encontraram qualquer indício de crime”, afirmou o músico, que também denunciou a detenção arbitrária do seu produtor.

Apesar da gravidade das acusações, Oruam defende a sua inocência e considera-se alvo de perseguição. “Não sou criminoso. Sou artista e fui vítima de um abuso policial flagrante. A violência e humilhação que sofremos não podem ficar impunes”, declarou.

O caso tem gerado ampla repercussão mediática no Brasil, tanto pela popularidade do cantor no universo do hip-hop como pela alegada actuação policial. Em Abril deste ano, Oruam actuou em Luanda, onde foi recebido por milhares de fãs, consolidando a sua presença no mercado musical lusófono.

As investigações prosseguem e o rapper poderá ser formalmente acusado nos próximos dias, caso a Justiça brasileira entenda que há indícios suficientes para a sua pronúncia.