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Militante do MPLA denuncia exclusão nas listas de deputados e aponta regionalismo e compadrio

O reverendo Antunes Huambo, líder religioso e militante activo do MPLA, declarou sentir-se sistematicamente marginalizado pelo seu partido durante o processo de selecção de candidatos às listas de deputados, ao longo de vários ciclos eleitorais. Segundo afirma, desde 2012 viu vários dos seus subordinados ascenderem a cargos parlamentares, enquanto ele próprio foi excluído, situação que atribui a práticas de compadrio e possível discriminação regional.

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Apesar da frustração, o líder religioso afirma não guardar ressentimentos em relação à actual governação e continua a assumir publicamente a sua filiação política, afirmando-se como “o único líder religioso a declarar abertamente a sua ligação ao MPLA”.

Durante a entrevista, Antunes Huambo aproveitou também para criticar o encerramento de igrejas por má conduta de alguns dos seus responsáveis. O reverendo recorreu à analogia do sistema educativo para defender que, tal como não se encerra uma escola por má gestão de um director, também não se deveria fechar uma igreja por erro de um líder. “A solução deve passar por responsabilizar o indivíduo, e não destruir a instituição”, frisou.

Huambo disse ainda que o seu compromisso com os valores do partido permanece inabalável, mas apelou a uma reflexão interna sobre os critérios de escolha de representantes, sublinhando a importância da meritocracia e do combate a práticas que classificou como “amiguismo político”.

C/CK