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João Lourenço consagrado Personalidade do Ano no sector da Energia em África

Reconhecimento internacional destaca liderança e reformas que revitalizaram o sector petrolífero angolano

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Há 3 semanas
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O Presidente João Lourenço foi eleito Personalidade do Ano no sector da Energia pela influente Câmara Africana de Energia (CAE), que enalteceu a sua actuação como factor decisivo na reconfiguração do panorama energético de Angola e na sua ascensão como potência petrolífera e gasífera no continente africano.

A distinção foi anunciada esta semana num comunicado oficial da organização pan-africana, que actua como voz do sector energético em África e promove parcerias com actores públicos e privados, tanto africanos como internacionais. A CAE justificou a escolha destacando “a liderança ambiciosa e inclusiva” do estadista angolano, sublinhando o seu impacto directo na captação de investimento, na modernização do sector e na criação de novas oportunidades de desenvolvimento.

Segundo a nota, João Lourenço implementou uma estratégia de longo prazo para revitalizar a indústria energética nacional, apostando em modelos de investimento flexíveis e mais atractivos. Esta viragem estratégica devolveu dinamismo ao sector e permitiu um aumento expressivo do investimento em toda a cadeia de valor, do upstream à refinação.

Entre as medidas mais emblemáticas, a CAE destacou os contratos de serviços com partilha de risco, o regime de oferta permanente de blocos, a criação de oportunidades em campos marginais e o lançamento de programas para recuperar e aumentar a produção. A privatização parcial da Sonangol e a criação de reguladores distintos para os segmentos upstream e downstream, aliados a uma reforma fiscal profunda, também contribuíram, segundo a organização, para reforçar a transparência e a confiança dos investidores.

Angola estima investir 60 mil milhões de dólares nos próximos cinco anos no sector energético. Em 2025, deverá arrancar uma nova ronda de licenciamento, com 10 blocos em oferta nas bacias do Kwanza e de Benguela, além de 11 blocos disponíveis para negociação directa e cinco campos marginais abertos ao investimento.

A CAE sublinhou ainda o empenho de João Lourenço em posicionar o gás natural como motor estratégico do desenvolvimento, com a meta de atingir uma capacidade de refinação superior a 400 mil barris diários.

Esta distinção junta o Chefe de Estado angolano a um grupo restrito de figuras já homenageadas pela Câmara Africana de Energia, entre elas Mohammed Barkindo, ex-secretário-geral da OPEP, Frank Fannon, antigo responsável do Departamento de Estado norte-americano, e Hage Geingob, antigo Presidente da Namíbia.