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Inflação em Angola em rota de queda: BNA mantém meta nos 17,5% para 2025, mas admite revisão

O Banco Nacional de Angola (BNA) mantém firme a previsão de inflação nos 17,5% até ao final de 2025, sustentado pela tendência de desaceleração registada nos últimos meses. A garantia foi dada esta quarta-feira pelo governador da instituição, Manuel Tiago Dias, que, no entanto, admite rever as projecções em Julho, caso os indicadores económicos o justifiquem.

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Na conferência de imprensa que se seguiu à 123.ª reunião do Comité de Política Monetária, o governador revelou que a inflação mensal voltou a recuar: fixou-se em 1,34% em Abril, ligeiramente abaixo dos 1,38% de Março. Já a inflação acumulada nos últimos 12 meses caiu para 22,32%, contra os 23,85% verificados no mês anterior.

Segundo o BNA, esta evolução positiva deve-se a três factores-chave: o aumento da oferta de produtos essenciais no mercado, políticas monetárias adequadas e uma taxa de câmbio relativamente estável.

Apesar do tom cautelosamente optimista, Manuel Tiago Dias sublinhou que o banco central continuará atento aos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que divulgará em breve o desempenho da economia no primeiro trimestre de 2025. “Vamos reavaliar as nossas projecções em Julho, altura da próxima reunião do Comité”, avançou.

O responsável recordou que a taxa de inflação homóloga em 2024 foi de 27,5%. A meta de 17,5% para 2025 representa, por isso, uma ambiciosa redução de 10 pontos percentuais. “Com a inflação acumulada em Abril nos 22,3%, já percorremos metade do caminho”, destacou.

Com as previsões a apontarem para nova desaceleração nos meses de Maio e Junho, o BNA mantém a convicção de que o país poderá, finalmente, inverter o ciclo inflacionista que tem marcado os últimos anos. Ainda assim, a última palavra só será dita em Julho e dependerá do comportamento real da economia.

C/VA