IGAPE avança com novas privatizações: BFA, Unitel e TV Cabo na lista de activos a alienar
O Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) prepara-se para avançar com novas privatizações, tendo previsto para o primeiro semestre deste ano a alienação de quatro activos estratégicos. Entre as empresas a serem privatizadas, destacam-se o Banco de Fomento Angola (BFA), a Unitel e a TV Cabo, que se encontram em diferentes fases de preparação para entrada no mercado de capitais.
Registro autoral da fotografia
O anúncio foi feito pelo presidente do Conselho de Administração do IGAPE, Álvaro Fernão, durante a Conferência do Mercado de Capitais, realizada na passada Sexta-feira. Segundo o responsável, a listagem destas empresas na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (Bodiva) representa um passo importante para o fortalecimento do mercado de capitais nacional e para a diversificação das oportunidades de investimento no país.
“O Banco de Fomento Angola (BFA) está em fase avançada para ser listado na bolsa, o que poderá aumentar significativamente o volume de transacções na Bodiva. A Unitel também está em preparação para sua entrada em bolsa, embora o processo seja mais complexo devido à natureza das suas operações. Adicionalmente, 15 por cento da TV Cabo estão a ser preparados para colocação no mercado, com previsão de concretização até ao final do ano”, avançou Álvaro Fernão, citado num comunicado do Ministério das Finanças.
O responsável sublinhou que o objectivo do programa de privatizações não é apenas atrair grandes investidores institucionais, mas também criar oportunidades para que pequenos subscritores possam adquirir participações no capital social das empresas privatizadas. “A essência do programa passa por termos pequenos subscritores a deterem parte do capital social destas empresas”, reforçou.
De acordo com o IGAPE, esta estratégia visa democratizar o acesso ao mercado de capitais e fomentar uma cultura de investimento entre os cidadãos. O PCA do instituto recordou ainda o sucesso das privatizações anteriores, como os casos do Banco Angolano de Investimentos (BAI), Banco de Comércio e Indústria (BCI), Ensa e Bodiva. “Estes activos apresentaram uma valorização significativa, com incrementos que variam entre 50 por cento e 100 por cento desde a sua colocação no mercado. Além disso, os dividendos distribuídos por estas empresas têm superado os rendimentos oferecidos pelos títulos do tesouro, tornando-se opções atractivas para os investidores”, destacou.
C/VA
PONTUAL, fonte credível de informação.
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