Finanças dizem que Angola leva muito a sério as obrigações para com os investidores
O Governo angolano rejeitou categoricamente as alegações de incumprimento financeiro destacadas pelo Financial Times, assegurando que leva “muito a sério” as suas obrigações com os credores e garantindo a sustentabilidade da dívida pública, num contexto de pressão crescente sobre as finanças do país.

Registro autoral da fotografia
Alegações de ‘default’ e sanções internacionais
O caso, que motivou um artigo crítico no jornal britânico, envolve um credor alvo de sanções internacionais. Este acusou Angola de não cumprir os pagamentos acordados. O Ministério das Finanças justificou a decisão de suspender os pagamentos devido à inclusão do credor na lista de sanções, conforme os regulamentos internacionais e os compromissos assumidos com as Nações Unidas.
Sem divulgar o nome do credor ou o valor envolvido, o Executivo sublinhou que “o contrato de financiamento foi cumprido em conformidade com os termos e condições acordados, até o momento em que as sanções internacionais condicionaram os credores”.
Críticas à transparência e comparações internacionais
O Financial Times apontou para uma alegada falta de transparência por parte do Governo angolano, sugerindo paralelismos com o escândalo das dívidas ocultas de Moçambique. No entanto, o Ministério das Finanças refutou as acusações, afirmando que todas as informações relevantes foram publicadas no Prospecto Base da Bolsa de Valores de Londres, em Dezembro de 2024.
Sustentabilidade da dívida e estratégia económica
Apesar das críticas, o Governo reafirmou o compromisso com os credores nacionais e internacionais, garantindo que a dívida é sustentável. O plano prevê um pagamento de 6,2 mil milhões de dólares em 2025, o equivalente a 5,2% do PIB, e 5,4 mil milhões de dólares em 2026, representando 4,2% do PIB, de acordo com uma análise recente da Fitch Ratings.
Entretanto, a pressão sobre a tesouraria é visível, com adiamentos no pagamento de aumentos salariais e um crescente endividamento, que inclui a recente emissão de dois mil milhões de dólares em títulos para assegurar um empréstimo de apenas 400 milhões de dólares.
Apesar das dificuldades financeiras, o Governo continua a implementar a sua estratégia de diversificação económica e endividamento responsável. No entanto, a polémica com o credor sancionado e as acusações de falta de transparência colocam Angola sob o escrutínio da comunidade internacional e dos mercados financeiros. Resta saber se o compromisso reiterado pelo Executivo será suficiente para dissipar as dúvidas sobre a saúde económica do país.
PONTUAL, fotevcredível de informação.
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