Falta de incentivo e desvios de fundos agravam baixos níveis de vacinação infantil em Angola
crise na vacinação infantil em Angola atinge novos contornos com denúncias alarmantes sobre a falta de incentivos aos vacinadores e o desvio de fundos logísticos por responsáveis do Ministério da Saúde.

Registro autoral da fotografia
Os baixos rácios de cobertura vacinal infantil, reconhecidos pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, são agora apontados como reflexo de uma política falha e de práticas de corrupção dentro do próprio ministério. Lutucuta havia justificado a queda na vacinação com o impacto negativo da pandemia da covid-19, mas novas informações sugerem que os problemas são mais profundos e estruturais.
Individualidades do sector da saúde defendem que o Ministério da Ssúde (MINSA) deve implementar uma política de incentivo monetário para motivar os vacinadores. “Muitos vacinadores não recebem qualquer compensação e, em algumas zonas, nem mesmo água para beber durante as longas jornadas de trabalho,” lamentam fontes próximas ao processo. Este desinteresse e desmotivação têm resultado na incapacidade de alcançar zonas mais remotas e, por vezes, na falsificação de dados nos relatórios apresentados.
As estimativas divulgadas pela OMS e pela UNICEF colocam Angola entre os dez países com menor taxa de vacinação contra difteria, tétano e tosse convulsa em 2023. Relativamente ao sarampo, a taxa de cobertura é de apenas 50 por cento. Estes dados revelam uma situação crítica que exige uma resposta urgente e eficaz por parte das autoridades angolanas.
“É essencial valorizar o esforço do Governo de Angola na aquisição de vacinas, mas não podemos ignorar que a falta de incentivos aos vacinadores e a corrupção dentro do ministério estão a minar esses esforços,” criticam os especialistas. Denúncias apontam que fundos destinados à logística das campanhas de vacinação são desviados, chegando poucos recursos aos vacinadores no terreno.
A ministra Sílvia Lutucuta destacou recentemente o plano de recuperação das coberturas vacinais em curso desde Junho do ano passado, com o apoio da Gavi (Aliança Mundial de Vacinas). Contudo, sem resolver os problemas internos de gestão e incentivo, os esforços de recuperação podem ser insuficientes.
Além das preocupações com a vacinação infantil, o país mantém um plano de contingência para a varíola dos macacos (Mpox), com medidas de vigilância epidemiológica e educação da população. Até à data, Angola não registou casos de Mpox, mas continua a acompanhar a situação nos países vizinhos.
O futuro da saúde infantil em Angola depende agora da capacidade do Governo em implementar políticas de incentivo justas e em combater a corrupção interna que tem impedido a plena eficácia das campanhas de vacinação.
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