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Cartão Multicaixa sem conta bancária chega ao mercado angolano ainda este ano

A partir do último trimestre de 2025, os angolanos vão poder utilizar um novo cartão Multicaixa que dispensa a necessidade de uma conta bancária. A solução, de natureza pré-paga, foi apresentada esta semana na 40.ª edição da Feira Internacional de Angola (FILDA) e estará disponível em todo o país por via da aplicação móvel ou web é-Kwanza.

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Denominado Cartão Multicaixa é-Kwanza, o produto representa um passo inovador no sector financeiro nacional ao permitir que qualquer cidadão efectue pagamentos na rede Multicaixa sem estar vinculado a uma instituição bancária. Destina-se especialmente a pessoas fora do sistema bancário tradicional, com enfoque nos trabalhadores do sector informal.

“O cartão físico será totalmente gerido através da plataforma digital é-Kwanza, sem necessidade de processos presenciais ou burocráticos”, explicou a directora de marketing da Pay4All, Madalena Pisoeiro, empresa responsável pela solução. Para a responsável, este novo instrumento “é mais do que uma inovação tecnológica é um mecanismo de inclusão social e financeira”.

De acordo com o comunicado divulgado durante a FILDA, mais de metade da população angolana continua sem acesso aos serviços bancários. O Cartão Multicaixa é-Kwanza vem responder a essa lacuna, proporcionando a possibilidade de efectuar compras, pagamentos, consultar saldo e controlar movimentos de forma simples e segura. Os carregamentos do cartão também poderão ser realizados de forma autónoma e em múltiplos pontos de atendimento.

O produto será distribuído por uma rede alargada de agentes e parceiros comerciais, incluindo shoppings, supermercados, armazéns e agentes é-Kwanza, garantindo a sua capilaridade nacional. O slogan de lançamento “Cartão Multicaixa é-Kwanza, é para todos” reflecte a ambição do projecto de tornar os meios de pagamento digitais mais acessíveis à generalidade da população.

A iniciativa surge num momento em que o Executivo e o sector privado procuram alternativas para alargar a base de inclusão financeira em Angola, promovendo a digitalização de serviços e o empoderamento económico das comunidades menos bancarizadas.