ANPG e TotalEnergies começam conversão de petroleiro em unidade flutuante na China
A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e a TotalEnergies Angola iniciaram, esta Segunda-feira, a conversão de um petroleiro numa unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência (FPSO – Floating Production Storage and Offloading). Esta transformação arrancou na China e diz respeito ao FPSO Kaminho, cujo arranque da produção está previsto para 2028.

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A ANPG, em comunicado remetido ao VerAngola, refere que os trabalhos arrancaram em Nantong, uma cidade chinesa.
“A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e a TotalEnergies Angola deram início nesta Segunda-feira, dia 14, aos trabalhos de conversão da futura unidade flutuante de produção de petróleo bruto, FPSO Kaminho, na cidade de Nantong, República Popular da China”, lê-se na nota, que acrescenta que “este é um marco significativo para um projecto pioneiro que representa o primeiro desenvolvimento na nova Bacia do Kwanza, uma nova fronteira de petróleo e gás para Angola, no ano em que se celebram os 50 anos da independência nacional”.
O arranque da conversão do petroleiro para a futura FPSO “foi marcado por uma cerimónia especial”, que aconteceu “durante a doca seca do navio, dando início aos trabalhos de conversão”.
Assim, as primeiras fases abrangem “desmantelamentos de partes da estrutura, que serão realizados pelo estaleiro da empresa CMHI (China Merchants Heavy Industry), sob a supervisão do principal empreiteiro, a Saipem”.
A administradora executiva da ANPG, Ana Miala, presidiu a cerimónia, onde também estiveram presentes o administrador executivo da ANPG, Artur Custódio, o presidente do Conselho de Administração (PCA) da Sonangol, Gaspar Martins, o director geral da TotalEnergies (operadora do Bloco 20), Martin Deffontaines, o director da Petronas para Angola, Omar Abdul, altos dirigentes da Sonangol e da TotalEnergies, bem como da Saipem e CMHI (contratadas para a conversão).
“A FPSO Kaminho será ligada a uma rede submarina que vai produzir as descobertas dos campos de Cameia e Golfinho, com uma produção esperada de cerca de 70.000 barris de petróleo/dia, sendo o valor de investimento orçado em seis mil milhões de dólares, anunciado a 20 de Maio de 2024. O início de produção está programado para 2028”, lê-se no comunicado.
Segundo Ana Miala, a Kaminho, capaz de armazenar aproximadamente 1.600.000 barris, vai ser a “segunda unidade flutuante de motor híbrido em Angola”.
Citada na nota, a administradora referiu que com esta unidade se reforçará a capacidade de produção: “Com a FPSO Kaminho, vamos reforçar a nossa capacidade de produção e consolidar a nossa visão estratégica de garantir a continuidade da actividade petrolífera no nosso país”.
“Asseguramos assim, o primeiro desenvolvimento na Bacia Marítima do Kwanza, enquanto investimos na modernização da nossa indústria e na qualificação contínua do capital humano”, acrescentou.
Por sua vez, o PCA da Sonangol considerou que o projecto “representa a colaboração entre as entidades do Estado e os parceiros do Bloco 20/11”.
“A fabricação de diversos equipamentos será feita em nosso país, com especial atenção ao conteúdo local, onde cerca de 40 milhões de horas-homem serão preparadas, envolvendo diversos estaleiros nacionais para a entrega de diversos equipamentos. Um novo empreendimento significa pelo menos 20 anos de oportunidades de negócios para os prestadores de serviços locais, o que é muito positivo. Auguramos que este investimento abra caminho para novas geografias e traga mais investimentos nesta nova bacia”, referiu Gaspar Martins.
“O FPSO Kaminho é a 7.ª FPSO da TotalEnergies em Angola. Este projecto recorre à mais recente tecnologia de ponta para se adequar ao portfólio de produção com baixas emissões da nossa companhia”, destacou o director geral e country manager da TotalEnergies Angola, Martin Deffontaines.
“Somos o maior produtor em Angola e um parceiro de longa data, e, neste ano especial, em que Angola celebra os seus 50 anos de independência, reforçamos o nosso compromisso em continuar a contribuir para a manutenção da produção do país e apoiamos o cumprimento dos seus objectivos de desenvolvimento sustentável”, acrescentou.
A Kaminho “será totalmente eléctrica, equipada com a tecnologia mais avançada para optimizar as operações, o consumo de energia e a redução de emissões”, possuindo um “sistema avançado de geração de energia centralizada, compressores de velocidade variável e um sistema sem queima de gás, o que contribui significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera”, sendo que “neste sistema, o gás gerado pela produção será reinjectado nos reservatórios”.
C/VA
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