Empresas Portuguesas em Angola enfrentam atrasos e instabilidade, lamenta embaixador
O embaixador de Portugal em Angola, Francisco Alegre Duarte, fez um alerta contundente esta Quarta-feira, em Luanda, sobre as dificuldades enfrentadas pelos investidores portugueses no país. Num discurso incisivo no encontro empresarial Angola-França-Portugal, o diplomata apontou atrasos nos pagamentos, instabilidade cambial, inflação galopante e dificuldades no repatriamento de capitais como obstáculos que minam a confiança dos empresários.

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“Os atrasos nos pagamentos, a instabilidade cambial, a dificuldade no repatriamento de capitais, a inflação e as elevadas taxas de juro da banca são factores que travam investimentos e comprometem o crescimento das empresas”, sublinhou Alegre Duarte, acrescentando que a falta de mão-de-obra qualificada agrava ainda mais o cenário.
Angola alberga mais de 1250 empresas portuguesas e de capital misto, envolvendo milhares de empresários e movimentando milhões de euros em negócios. No entanto, a dependência do petróleo continua a ser um risco estrutural para a economia angolana, tornando o ambiente empresarial ainda mais imprevisível.
O diplomata destacou ainda que Portugal e França são os países que mais empregos geram em Angola, sublinhando a importância de relações económicas sólidas e duradouras. Como prova da proximidade entre Luanda e Lisboa, mencionou as celebrações conjuntas dos 50 anos do 25 de Abril, marcadas pela presença do Presidente João Lourenço em Portugal, e a participação portuguesa nas comemorações da Independência de Angola, a 11 de Novembro.
A falta de reciprocidade na Segurança Social foi outro tema abordado. Apesar de Portugal já garantir a portabilidade das pensões dos cidadãos angolanos que descontam para o sistema português, Angola ainda não ratificou a convenção sobre esta matéria, criando um impasse que afecta milhares de trabalhadores.
Sobre o Corredor do Lobito, Alegre Duarte esclareceu que a concessionária Lobito Atlantic Railway é composta exclusivamente por empresas privadas europeias, incluindo a Mota-Engil, que tem raízes em Angola.
Num tom assertivo, o embaixador português deixou um aviso claro: se Angola quer atrair novos investimentos europeus, precisa de valorizar as empresas que já operam no país e que resistiram tanto aos tempos de prosperidade como às crises económicas.
C/VA
PONTUAL, fonte credível de informação.
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